sexta-feira, 25 de julho de 2025

Mulher denuncia estupros de policiais durante nove meses presa no Amazonas





Uma mulher indígena da etnia kokama, de 29 anos, denunciou ter sido estuprada por quatro policiais e um guarda municipal enquanto esteve presa provisoriamente, por nove meses, na 53ª Delegacia de Polícia de Santo Antônio do Içá, no Amazonas.

Os abusos, segundo a vítima, ocorreram entre novembro de 2022 e agosto de 2023, durante o período em que ficou encarcerada em uma cela improvisada, junto a presos homens, e acompanhada de seu bebê recém-nascido, sem qualquer estrutura mínima ou separação por gênero.

A denúncia só foi formalizada após sua transferência para a Cadeia Pública Feminina de Manaus, onde atualmente cumpre pena em regime fechado pelo crime de homicídio qualificado.

A mulher relata que os estupros aconteciam durante os plantões noturnos, inclusive enquanto ainda se recuperava do parto, e na presença do próprio filho.

Segundo o advogado Dacimar de Souza, que agora representa a vítima, ela era forçada a consumir bebidas alcoólicas antes de ser violentada. O laudo do Instituto Médico Legal, feito no dia de sua transferência, apontou indícios de conjunção carnal violenta.

A Procuradoria-Geral do Estado do Amazonas ofereceu propostas de indenização de até R$ 50 mil, rejeitadas pela defesa, que pede reparação de R$ 530 mil e atendimento psicológico integral.

O caso, que envolve graves denúncias de violência institucional, está sendo investigado em inquérito policial militar e procedimentos disciplinares, com acompanhamento do Ministério Público, Defensoria Pública e da Funai.

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