Cinco sotaques diferentes marcam o ritmo da brincadeira maranhense: sotaque de matraca, sotaque de orquestra, sotaque da baixada, sotaque de zabumba, sotaque costa de mão.

Em nota, a Unesco destacou a riqueza presente na manifestação do bumba meu boi no Maranhão:

A prática está fortemente carregada de simbolismo: ao reproduzir o ciclo de nascimento, vida e morte, oferece uma metáfora para a própria existência humana. Existem formas de expressão semelhantes em outros estados brasileiros, mas no Maranhão o Bumba Meu Boi se distingue pelos vários estilos e grupos que inclui, bem como pela relação intrínseca entre fé, festa e arte.



O Complexo Cultural do Bumba Meu Boi é o sexto bem brasileiro a integrar a lista internacional. Antes, foram escolhidos:

A Arte Kusiwa – Pintura Corporal e Arte Gráfica Wajãpi (2003);

O Samba de Roda no Recôncavo Baiano (2005);
O Frevo: expressão artística do Carnaval de Recife (2012);

O Círio de Nossa Senhora de Nazaré (2013); e
A Roda de Capoeira (2014).

Eram 429 expressões culturais inscritas na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco em 2019.

Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade

Considerada a mais importante manifestação da cultura popular do Maranhão, o bumba meu boi tem seu ciclo festivo dividido em quatro etapas: os ensaios, o batismo, as apresentações públicas ou brincadas, e a morte. É vivenciado pelos brincantes ao longo de todo o ano.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) produziu um vídeo de candidatura do Bumba Meu Boi do Maranhão. Confira:

História

A lenda, estima-se, vem do século 18. A versão mais comum dá conta de que Catirina, grávida, sentiu desejo de comer a língua do boi mais precioso da fazenda onde trabalhava. Para satisfazer as vontades da amada, Pai Chico matou o boi – causando a ira de seu patrão. Mas, com ajuda de seres mitológicos, o boi ressuscitou, deixando todos felizes.