sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Deputado federal diz que Dino pediu cidade para aliado em troca de favorecimento no STF



O deputado federal Rubens Júnior (PCdoB) foi gravado dizendo que o atual ministro do STF, Flávio Dino, pediu a cidade de Colinas para aliado em troca de favorecimento em processo da eleição do Tribunal de Contas do Estado (TCE) no Supremo Tribunal Federal.

Na gravação exibida pelo deputado estadual Yglésio Moyses na Assembleia, o deputado aparece falando no viva-voz durante um telefonema gravado em vídeo, falando em “cumprir o acordo de Colinas (MA) [cidade do interior que é reduto eleitoral de Brandão] e tratar bem quem votou no governador” em 2022.

Na ligação, Rubens Júnior se refere a “ele”. “Ele disse: Júnior, se a gente conseguir avançar nessas duas pautas, zera tudo. Eu libero TCE, a gente faz de conta que a gente nunca se desentendeu em nada na vida. Zera o jogo todo de novo”.

Dino é relator de duas ações contra o processo de escolha de conselheiros para o TCE do Maranhão, apresentadas depois que Brandão indicou um sobrinho para integrar o tribunal. Uma foi proposta pelo partido Solidariedade e outra pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Nas duas, Dino não se declarou impedido e suspendeu o processo de indicação.

Na tarde de terça-feira, já com os áudios circulando em grupos de WhatsApp do Maranhão e reproduzidos em sites locais, Rubens Júnior foi à tribuna da Câmara dos Deputados explicar o episódio, que classificou como fruto de uma “onda de gravação ilegal, clandestina e descontextualizada para atingir pessoas sérias”.

Seu pai, Rubens Pereira, era secretário de Articulação Política de Brandão. Com o escândalo, ele pediu demissão nesta quarta-feira, assim como o secretário Robson Paz (Cidades), do PCdoB de Jerry.

“O governador Carlos Brandão me chama para um diálogo, onde ele me diz: deputado Rubens Júnior, ajude a construir a paz do nosso grupo político. Construção da paz? Sempre vai contar com o meu apoio”, discursou o deputado. “O que ele queria? Que eu fizesse um diálogo com o ministro Flávio Dino, que foi meu orientador na graduação, foi meu padrinho de casamento e companheiro de partido durante muitos anos. E assim eu fui e dialoguei. Quando eu trago o retorno para o governador Brandão e para o seu irmão, Marcus Brandão, pasmem os senhores, eu sou gravado ilegalmente”, declarou na Câmara.

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