quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Brandão rompe o silêncio e confirma ter sido ameaçado e chantageado por dinistas

O governador Carlos Brandão (PSB) divulgou nota, nesta tarde, confirmando que foi vítima de ameaças e chantagens patrocinadas por políticos ligados ao ex-governador e atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.
Ontem, o deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) divulgou áudios e mensagens nas quais políticos e autoridades dinistas foram flagradas chantageando o chefe do Palácio dos Leões como forma de fazer com que fossem cumpridos supostos acordos políticos.
O nome de Flávio Dino, que não pode envolver-se em questão políticas/partidárias devido ao cargo que exerce, foi citado por alguns de seus aliados – como Diego Galdino, atual secretário executivo do Ministério do Esporte, e o deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT) – em uma negociata que envolvia a rendição política do governador em troca da liberação, por exemplo, do destravamento de processo que trata sobre indicação de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA), cuja relatoria é do próprio Dino.
Ressaltando sua fidelidade ao projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Brandão afirmou que o governo que se encerrou em 2022 quis permanecer no comando do Estado, mas ele foi parceiro e impôs limites.

De acordo com o governador, a reação foi insana, agressiva, utilizando-se até de chantagens e barganhas nada republicanas.
“Em política, tem que se ter coerência. Sou parceiro do presidente Lula sob qualquer circunstância, mas aqui no Maranhão plantou-se uma divisão. O governo que se encerrou em 2022 quis permanecer no comando da gestão para a qual fui eleito. Fui parceiro, mas impus limites. A reação foi insana, agressiva, utilizando-se até de chantagens e barganhas nada republicanas. Tudo que agora veio a público já era sabido, porque eles próprios, numa exibição de intimidade com outras forças, falavam abertamente. A quem quisesse ouvir e, eventualmente, até gravar”, disse.
Ele negou envolvimento pessoal e do seu governo nas gravações nas quais os dinistas foram flagrados.
“O deputado Rubens Júnior me trouxe o recado, uma oferta. Eu apoiaria candidatura de interesse do deputado Márcio Jerry em Colinas, e as vagas retidas do TCE seriam liberadas. O próprio Rubens Júnior confirmou na tribuna da Câmara Federal. Eu não gravei, meu governo não gravou. Eles se fizeram gravar. Agora temem os efeitos dessa exposição vexatória a que se submeteram, expondo nomes de outros níveis de poder”, finalizou.
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