sexta-feira, 8 de agosto de 2025
Prefeito maranhense diz que não pode pagar acordo com servidores por causa do tarifaço de Trump
O prefeito da cidade de Pedro do Rosário,Toca Serra, teve uma explicação pra lá de inusitada para não cumprir o acordo que tinha feito com o servidores de que pagaria o valor retroativo as promoções e progressões que foram concedidas aos servidores da educação municipal. Segundo o gestor, a justificativa é o tarifaço implantado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtores brasileiros, que começaram a valer ontem (6).
Toca Serra apresentou um acordo em pagar o retroativo no pagamento da folha de julho deste ano, o que não aconteceu. Em ofício enviado ao sindicado (abaixo), ele alegou que “a realidade financeira e orçamentária do município poderá sofrer drástica alteração em decorrência da política tarifária implantada pelo Estados Unidos. Como cediço, o presidente Trump determinou tarifa de 50% sobre todos os produtos brasileiros importados (sic) ao EUA. […] Considerando ainda a possibilidade de queda da arrecadação federal e a diminuição nos valores dos repasses aos municípios, a municipalidade por prudência entendeu por adiar o pagamento do retrativo dos servidores até que melhore o cenário internacional”.
Na visão do futuro apocalítico do prefeito Toca Serra, já vai faltar dinheiro nos próximos meses e a queda de repasse vai fazer com que não possa cumprir os compromissos.
Como o blog já demonstrou, o Maranhão terá pouca afetação direta do tarifaço, embora, a médio prazo, se a situação não se resolver, haverá alguma queda de repasse para estados e municípios com uma arrecadação menor.
Mas, reverter um compromisso já acordado com os servidores antes alegando que futuramente vai haver queda de arrecadação é uma desculpa, de fato, descabida pela previsibilidade de catástrofe.
É muito mais lógico a prefeitura cumprir agora seus compromissos e, se mais adiante, a situação do tarifaço não se resolver e houver queda de arrecadação, a partir daí se toma decide como vai apertar o cinto.
Via Clodoaldo Corrêa
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