quarta-feira, 21 de maio de 2025

Mancha escura na praia do Olho d’Água acende alerta para poluição em São Luís


Uma grande mancha escura foi registrada na praia do Olho d’Água, em São Luís, no início da tarde da última terça-feira (20). Moradores e banhistas relataram forte odor de esgoto, levantando preocupações sobre possível despejo irregular de efluentes no mar.

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (Sema) informou que enviou uma equipe técnica ao local para coletar amostras da água e investigar a origem da contaminação. Em nota, a pasta afirmou que monitora regularmente a balneabilidade das praias da região e que eventuais irregularidades são comunicadas aos órgãos responsáveis para adoção de medidas.

Já a Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) negou que se trate de esgoto in natura, atribuindo o fenômeno a “línguas negras” – manchas formadas por material orgânico arrastado pelas chuvas, como vegetação em decomposição e resíduos descartados irregularmente. A empresa destacou que realiza inspeções periódicas na rede de esgoto para evitar descartes inadequados.

Segundo caso em dois meses

Este é o segundo episódio do tipo em pouco tempo. Em março, manchas marrons apareceram nas praias de São Marcos e do Calhau, assustando banhistas. Na ocasião, análises da Sema descartaram contaminação microbiológica, mas um estudo da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) detectou níveis elevados de amônia e nitrito, substâncias tóxicas para a vida marinha, possivelmente oriundas de drenagem urbana.

Apenas duas praias próprias para banho

O último relatório de balneabilidade da Sema, divulgado em 12 de maio, apontou que apenas dois trechos na região metropolitana de São Luís estão próprios para banho:

Praia Ponta d’Areia (em frente ao Centro de Atendimento ao Banhista)
Praia do Mangue Seco (em frente à Biblioteca do Caranguejo, na Raposa)

As demais praias, incluindo São Marcos, Calhau e Olho d’Água, apresentam contaminação acima do limite seguro, especialmente após chuvas, que carregam poluentes das ruas para o mar. A Sema recomenda evitar o banho por pelo menos 24 horas após tempestades.

Enquanto as investigações continuam, moradores cobram ações mais efetivas para garantir a preservação das praias e a segurança dos banhistas.

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