O jogo acabou, mas a oposição insiste em manter o apito na boca
A oposição no Maranhão, liderada pelo deputado Othelino Neto, entrou com ações no Supremo Tribunal Federal (STF) tentando impedir que o governador Carlos Brandão (PSB) indicasse novos membros para o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE/MA).
A justificativa? Uma suposta inconstitucionalidade nas regras aprovadas pela Assembleia Legislativa.
Mas o enredo virou de cabeça para baixo: a Assembleia corrigiu os pontos questionados, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia Geral da União (AGU) disseram que está tudo em ordem — e até o partido Solidariedade, do deputado que começou a briga, reconheceu que a disputa perdeu o sentido e pediu o fim das decisões que travam o processo – reveja e reveja.
Ainda assim, o processo continua suspenso e o TCE maranhense segue com cadeiras vazias.
É como se todos já tivessem deixado o campo, o juiz encerrado a partida, mas alguém continuasse soprando o apito só para manter o barulho.
Não há mais argumentos jurídicos nem adversários em campo.
E, mesmo assim, o funcionamento da Corte de Contas segue paralisado, impedindo que o órgão cumpra sua função: fiscalizar o uso do dinheiro público.
Nesse cenário, fica claro que o interesse já não é garantir legalidade, mas criar obstáculos.
A insistência em manter tudo travado, mesmo após a desistência de quem entrou com as ações, revela um jogo de desgaste político.
A oposição expõe suas reais intenções: não quer corrigir erros — quer impedir o governo de funcionar, mesmo sem motivo jurídico.
É hora de dar um basta nesse impasse. O Maranhão não pode continuar pagando o preço de uma disputa esvaziada.
Quando até quem acusou diz que não há mais crime, manter a punição é injusta, incoerente e danosa à população.
O Tribunal de Contas precisa voltar a operar plenamente — e o bom senso precisa, finalmente, apitar o fim desse teatro.
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