quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024
Eliziane Gama sonha alto…com presidência do Senado
Senadora Eliziane Gama
A senadora Eliziane Gama (PSD-MA) almeja suceder Rodrigo Pacheco na presidente do Senado, mas enfretará uma complexidade nas articulações, tendo em vista a força política que o próprio cargo impõe aos candidatos. A parlamentar, que foi relatora da CPI dos atos de 8 de janeiro, que investigou as manifestações antidemocráticas contra o Supremo Tribunal Federal, quer se colocar como uma alternativa ao atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).
O primeiro deles é conseguir a unidade do PSD em torno de uma candidatura própria. O partido, que tem 15 senadores, ainda não definiu se terá um nome próprio ou se apoiará algum outro postulante. O segundo passo é convencer seus colegas de que ela tem o perfil e a experiência necessários para comandar o Senado.
Mas esses passos são quase impossíveis. Eliziane terá que captar o apoio do presidente Lula, de quem é aliada. No entanto, o presidente pode preferir apoiar outro candidato, como Simone Tebet (MDB-MS), que disputou o cargo em 2021 e obteve 21 votos, mas foi derrotada pelo candidato do governo.
Simone Tebet pode tentar novamente, com o apoio do MDB, que tem 14 senadores, e de outros partidos de oposição, como o PDT e o Cidadania. Ela pode atrair votos de senadores que não querem se alinhar nem ao governo nem ao PT.
Outro ponto que prejudica as chances de Eliziane é que o PSD pode comandar a Câmara dos Deputados, caso o líder da sigla, Elmar Nascimento (BA), consiga o apoio da base de Arthur Lira (PP-AL). Nesse caso, seria pouco provável que o partido também conseguisse a presidência do Senado, pois isso geraria um desequilíbrio entre as forças políticas.
Pacheco e o Centrão apoiam Davi Alcolumbre (União Brasil) para a Presidência do Senado. Em 2021, senador foi impedido pelo Supremo Tribunal Federal de concorrer à reeleição como presidente da Casa e apoiou a eleição do atual presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD)
O MDB também quer ter um candidato próprio. Renan Calheiros é um dos cotados, mas depende do apoio da bancada. Outro concorrente é o senador Rogério Marinho, que lidera a oposição. Marinho tem o respaldo de parlamentares de PL, PP, Republicanos e outros partidos opositores.
Diante desse cenário, a candidatura de Eliziane Gama é um fracasso anunciado. A senadora, que tem um mandato até 2026, pode ter que se contentar com um papel secundário na próxima legislatura do Senado. A menos que ela consiga surpreender e conquistar o apoio de uma ampla maioria dos seus pares, o que parece improvável no momento.
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