quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Com fome, 25 pessoas são resgatadas em situação análoga à escravidão em Balsas

Em operação que durou 11 dias e terminou na última sexta-feira (22), a Defensoria Pública da União (DPU) e o Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM), do Ministério do Trabalho e Previdência, com apoio da Polícia Militar, resgataram 25 pessoas em situação análoga à escravidão no município de Balsas, no interior do Maranhão. Os endereços visitados, em fazendas e áreas de construção civil, foram obtidos por meio de denúncias. Os agentes conseguiram ainda o pagamento de R$ 100 mil em verbas trabalhistas. Em um dos locais, as vítimas cozinhavam em fogueiras e precisavam recorrer a um rio ter acesso a água.

De acordo com a DPU, nos três locais visitados foram encontrados trabalhadores em condições degradantes, sem equipamentos de segurança, com pouco acesso a comida. Eles eram mantidos sob vigilância e impedidos de ir embora.

Todos os resgatados, pessoas em situação de pobreza e grande vulnerabilidade, eram do Maranhão. Entre eles, havia dois menores, que trabalhavam e viviam em condições precárias junto ao pai e à mãe. Quando abordados pelos agentes, estes pais justificaram apenas que não tinham com quem deixar os filhos e que estavam ali porque precisavam sobreviver.

O primeiro local visitado pelos agentes foi uma fazenda. Lá, foram encontrados seis trabalhadores que faziam alojamento para carvoarias. Segundo os inspetores, eles viviam em barracos de lona, e a comida, precária, era feita em fogueiras. O banho só era possível num rio próximo ao local, de onde eles também tiravam a água para cozinhar e beber. O segundo endereço visitado foi uma fazenda, onde trabalhadores eram obrigados a coletar pequi, vivendo em situação precária.

No último lugar visitado, as vítimas estavam numa área de construção civil que, na verdade, servia de alojamento para carvoarias. Todos também trabalhavam em situação análoga à escravidão.

— A atuação da Defensoria Pública da União é de suma importância nessas ações de combate ao trabalho escravo. Dá uma maior segurança aos trabalhadores que estão naquela situação degradante. E garante que as verbas serão pagas pelo empregador. A atuação da DPU garante que as indenizações individuais sejam concedidas aos trabalhadores, em razão da situação precária na qual eles são obrigados a viver nesses locais — comentou a defensora pública federal Tarcijany Linhares Aguiar, que participou da ação.

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