O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB)
     O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB)Valter Campanato/Agência Brasil

Nesta quinta-feira (20), o presidente inaugurou a ponte sobre o Rio Parnaíba, em Santa Filomena, na divisa entre os estados do Piauí e Maranhão. Na ocasião confirmou que o governo trabalha no reajuste do Bolsa Família para o início do segundo semestre deste ano. Em fevereiro, o benefício médio chegava a R$ 186, conforme o governo federal.

Durante a entrega de títulos de propriedade rural, hoje, mais de 200 escrituras foram repassadas apenas para moradores de Açailândia. Segundo o Incra, o Maranhão é o segundo estado com maior número de regularizações do país. Jair Bolsonaro destacou a importância do título para produzir e dar acesso ao crédito.

Pandemia

Bolsonaro aproveito a cerimônia para reafirmar suas críticas às políticas de isolamento social que ajudam a conter a disseminação da pandemia. 

Segundo o presidente, as medidas adotadas no Maranhão "não tem comprovação científica". "Nós devemos enfrentar os problemas. [Quero] dizer que todos no Maranhão aqui que perderam seus empregos: não foi obra do governo federal. Quem fechou o comércio, obrigou vocês a ficarem em casa e destruiu milhares de empregos foi o governador do seu estado. E as medidas adotadas aqui pelo governador não têm qualquer comprovação científica. Foi apenas uma demonstração de força que ele pode oprimir e escravizar o povo dizendo que estava defendendo sua vida."

Conforme o presidente, os gestores que implementar lockdowns "querem o poder para ficar eternamente no governo".

Conforme especialistas em infectologia, além da vacinação, as medidas sanitárias mais eficentes para controle da pandemia são o distanciamento social e higiene pessoal.

Até o momento, o Maranhão contabiliza 282.305 casos confirmados de covid-19, com 4.148 mortes. No estado que tem 7.114.598 habitantes, 1.116.797 doses de vacina contra o coronavírus foram aplicadas na população (15,7%). Em relação à segunda dose, 486.697 injeções chegaram aos braços das pessoas (6,84%). 

Outro lado

Em nota, Flávio Dino afirmou que Bolsonaro é "inimigo do trabalho sério", "desocupado", "amigo da mentira" e viajou ao Maranhão para "fazer propaganda eleitoral com dinheiro público".

"Bolsonaro é inimigo do trabalho sério. Desocupado, se dedica a passeios e a atacar países com os quais o Brasil mantém relações diplomáticas. É um despreparado que não sabe a diferença entre Coreia do Sul e Coreia do Norte. E é um reconhecido amigo da mentira. Veio ao Maranhão fazer propaganda eleitoral com dinheiro público. Espero que os órgãos competentes tomem as providências legais."