segunda-feira, 6 de abril de 2020

Veja diz que Bolsonaro ameaçou, mas desiste de demitir Mandetta hoje

Luiz Henrique Mandetta sinaliza para flexibilização da
quarentena em determinados estados João Alvarez/Fotoarena

VEJA - O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, balançou forte nesta segunda-feira, 6, mas não irá cair, ao menos por ora. O presidente Jair Bolsonaro já tinha se decidido pela exoneração do principal nome do governo no combate ao coronavírus, mas no final da tarde foi convencido por militares, como os ministros Walter Braga Netto (Casa Civil) e Luiz Eduardo Ramos (Governo), de que a melhor decisão seria manter o ministro por enquanto.

A possibilidade de exoneração, no entanto, continua forte. Mandetta bateu de frente com Bolsonaro principalmente por causa da questão da quarentena ampla, que o ministro e as principais autoridades de saúde do mundo defendem, entre elas a Organização Mundial da Saúde (OMS), que lidera os esforços mundiais de combate à pandemia. Bolsonaro prefere flexibilizar o isolamento social por acreditar que a adoção da quarentena vai “quebrar” a economia do país e provocar caos social, o que pode ferir de morte o seu governo.

O deputado federal Osmar Terra, ex-ministro da Cidadania, a imunologista e oncologista Nise Yamaguchi, diretora do Instituto Avanços em Medicina, e o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, são apontados como favoritos a ocupar o cargo. Terra, inclusive, já teria ligado para alguns governadores para anunciar a decisão do presidente.


Terra, que foi ministro da Cidadania até fevereiro deste ano, tem defendido nos últimos dias posição contrária à de Mandetta na questão do isolamento social – alega que a medida não resolve e pode prejudicar a economia, mesma tese defendida pelo presidente. Barra Torres também pensa como Bolsonaro e chegou a acompanhá-lo no dia em que ele cumprimentou apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada durante as manifestações de 15 de março. Já Yamaguchi é defensora do uso da cloroquina no tratamento do coronavírus – Bolsonaro é um entusiasta da ideia.

A mais recente pesquisa Datafolha havia apontado que entre os brasileiros que declararam ter votado em Jair Bolsonaro no segundo turno da última corrida presidencial, 82% classificaram como ótimo ou bom o trabalho da pasta comandada pelo médico e ex-deputado federal Mandetta (DEM).

Um comentário:

  1. Ô LOCO MEU!!! QUEREM ADVINHAR AS ACÕES DO PRESIDENTE, QUEBRARAM A CARA
    O presidente da República, Jair Bolsonaro, convocou uma reunião ministerial para esta segunda (6) às 17h, incluindo os presidentes de bancos públicos.
    O horário chamou atenção por ser o mesmo das tradicionais entrevistas diárias sobre a evolução do combates ao coronavírus e atualização de dados da pandemia no Brasil.
    Por esse motivo, proliferaram as especulações sobre a iminente demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
    A presença dos presidentes dos bancos públicos, porém, insinuam que o presidente busca alguma medida mais prática para aliviar a situação econômica e fazer com que os recursos disponibilizados pelo governo federal cheguem ao bolso dos brasileiros.

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