terça-feira, 28 de abril de 2015

Maternidade da Morte - Quase 200 bebês morreram por negligência e dezenas ficaram cegos em Caxias

Maternidade
A quinta maior cidade do Maranhão, Caxias, foi destaque no Programa Repórter Record Investigação desta segunda-feira (27) e mais uma vez o nosso Estado se sobrepõe com dados negativos.
As estatísticas mostram números assustadores e o choro de várias mães que tiveram que enterrar os filhos. Quase 200 recém-nascidos já morreram durante ou após o parto na maternidade pública Carmosina Coutinho no ano passado. Outros, nasceram prematuras e sofrem com alguma deformidade. Quase 50 bebês que sobreviveram, ficaram cegos.
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Negligência, falha e demora no atendimento, falta de profissionais competentes, descaso total! Essas podem ser as causas de tantas perdas. Dos 12 leitos de urgência nove sempre estão ocupados na maternidade. E para desespero das mães as mortes não param de ser contabilizadas.
Os médicos não admitem os erros cometidos e acabam culpando as próprias mães por não terem feito um pré-natal adequado. Eles também alegam que os bebês na maioria dos casos, morrem antes de nascer.
A justificativa apresentada pelo secretário de Saúde do Município de Caxias, Vinicius Araújo é de que a unidade atende 56 municípios da região e realiza 300 partos por mês, o que sobrecarrega a maternidade e complica o atendimento.
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Já o prefeito de Caxias, Léo Coutinho, não quis agendar entrevista, mas foi encontrado pela equipe de reportagem durante um evento.
Ele disse que há seis anos o município vem sofrendo cortes no repasse de verbas mas não esboçou nenhuma preocupação e nem anunciou medidas que possam diminuir os dados vergonhosos.
Diante da situação, o Ministério Público abriu inquérito e apura as denúncias. O alvo principal é o prefeito que deverá ser responsabilizado.
Léo sofreu uma ação de improbidade administrativa e pagará multa diária de R$ 5 mil caso não contrate mais médicos e melhore as condições do hospital.
Além disso tudo, o tio dele, Humberto Coutinho, atual presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, é acusado de desviar quase R$ 0,5 milhões de reais que deveria ter sido usado em prol da maternidade Carmosina Coutinho que hoje encontra-se totalmente irregular. A unidade nem sequer tem alvará da Vigilância Sanitária, do Corpo de Bombeiros e nem da Prefeitura. A qualquer momento o local pode ser interditado.
A polícia Civil também investiga os casos e se ficar comprovada negligência, os médicos serão indiciados.

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