domingo, 7 de dezembro de 2014
Mãe admite ter matado as próprias filhas; uma de 5 anos a outra 5 meses
Uma
mulher foi presa na manhã desta sexta-feira (05/12) por suspeita de ter
matado as duas filhas estranguladas em Itaquaquecetuba. Segundo a
polícia, a dona de casa de 33 anos confessou os crimes. Ela tentou se
matar, mas não conseguiu, ainda de acordo com o delegado Deodato
Rodrigues Leite, responsável pelo caso.
As duas irmãs, de 5 anos e de 5 meses,
foram encontradas mortas no fim da tarde de quinta-feira (04/12) na casa
onde viviam, no Jardim Scafid II. “Nós a interrogamos e ela acabou
confessando que matou as duas meninas na manhã de ontem por
estrangulamento. Ela retratou com clareza o que aconteceu. Matou
primeiro a mais nova, tirou do berço, colocou na cama e estrangulou.
Foi, pegou a outra e também estrangulou. O objetivo dela era colocar as
duas na cozinha, abrir o gás e morrer também por asfixia. Não conseguiu.
Ela foi até o banheiro, se esfaqueou, mas não conseguiu”, detalha o
delegado.
De acordo com a polícia, depois dos
crimes e das tentativas frustradas de suicídio, a mulher trancou a casa e
saiu. “Foi embora, primeiro para Arujá e depois para Guarulhos. Aí se
jogou contra o taxi”. Segundo Leite, ela foi socorrida e levada ao
Hospital Geral de Guarulhos, onde foi presa e está sob escolta.
Durante o interrogatório, a mãe não
explicou o motivo dos crimes, mas disse que não foi a primeira vez, de
acordo com o delegado. “Já tentou uma outra vez quando estava grávida do
segundo bebê. Ela tentou contra a vida da mais velha”, diz o delegado.
“Não senti emoção, arrependimento. Total apatia, frieza e não era a
primeira vez. É o que mais choca”, continua.
De acordo com Leite, a mulher vai
responder por duplo homicídio. “Assumiu o que fez. Testemunhas
presenciaram ela saindo da cena do crime, a casa estava trancada, o
local foi periciado. Existem provas contundentes, além da confissão.”
Para o delegado, o crime foi ainda na manhã de quarta. “O que chamou a atenção é que ontem pela manhã as amiguinhas da mais velha foram chamá-la e ela não deixou brincar. Estou partindo do princípio que essas crianças já tinham sido atingidas pela mãe e ela evitou. Depois ela fugiu do local.”
Para o delegado, o crime foi ainda na manhã de quarta. “O que chamou a atenção é que ontem pela manhã as amiguinhas da mais velha foram chamá-la e ela não deixou brincar. Estou partindo do princípio que essas crianças já tinham sido atingidas pela mãe e ela evitou. Depois ela fugiu do local.”
Sobre o comportamento da mãe, segundo a
polícia, apenas o pai tinha percebido uma mudança. “O marido só que nos
reporta que ela estava meio distante, meio aérea. Os vizinhos dizem que
era uma família normal, que ela tratava bem as crianças.”
O cunhado dela, Rogério Fernandes Lima, contou ao G1 que ela é uma mulher reservada e não era de amizades e brincadeiras, mas bem equilibrada. “Eu não a vi nos últimos dias, mas minha mãe e o meu irmão (pai das crianças) disseram que ela estava mais quieta e calada nos últimos dias.”
O cunhado dela, Rogério Fernandes Lima, contou ao G1 que ela é uma mulher reservada e não era de amizades e brincadeiras, mas bem equilibrada. “Eu não a vi nos últimos dias, mas minha mãe e o meu irmão (pai das crianças) disseram que ela estava mais quieta e calada nos últimos dias.”
O caso
A Polícia Militar foi acionada na quinta
depois de uma ligação da avó das meninas e de vizinhos. Elas estavam
deitadas no chão da cozinha próximas da porta que dá para o quintal da
casa. “Tinha um pouco de sangue no local, na faca e na pia. No banheiro
tinha sangue com roupa meio molhada”, descreveu o cabo Fábio Kendi
Otsubo, um dos primeiros policiais a entrar no local do crime.
A enfermeira Jéssica dos Santos Andrade é
vizinha da família. Ela e um outro vizinho ajudaram a abrir o imóvel. A
avó contou aos vizinhos que recebeu um telefonema da mãe das crianças,
pedindo que ela fosse até a casa, porque as meninas estavam sozinhas.
Jéssica conta que assim que entrou viu
pela janela os corpos das meninas deitados no chão da cozinha, como se
estivessem dormindo. “Ao lado estava um botijão de gás com a mangueira
rompida. Eu vi uma faca suja de sangue na cozinha. Fui ao banheiro e vi
no chão perto do chuveiro um pouco de água com sangue”, relatou a
enfermeira. Ela completou que assim que viram a cena, eles saíram da
casa e chamaram a polícia.
O mecânico Antônio da Silva mora há dez
anos na rua da família e conta que os vizinhos se mudaram para o local
há um ano e meio. Ele disse que a relação deles sempre foi boa e nunca
ouviu briga. Silva descreveu a mãe das meninas como uma mulher reservada
que ficava trancada em casa e falava pouco com os vizinhos.
Fonte: Com Informações do G1
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