quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Fazendeira tenta atear fogo no próprio corpo para não sair da terra indigena Awa-Guajá



A Operação de Desintrusão, que está sendo feita na terra indígena Awá-Guajá, localizada no noroeste do estado, entre as cidades de Centro Novo do Maranhão, Governador Newton Bello, São João do Caru e Zé Doca, está sendo marcada pela tensão e conflito. Ontem, uma fazendeira, segundo a Polícia Federal, identificada como Maria Vilma da Silva, tentou atear fogo no próprio corpo como forma de protesto para não desocupar o território e, no momento, apenas os homens do Exército, da Força Nacional, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Maranhão (Incra-Ma) e da Polícia Federal estão tendo acesso a área indígena.

Segundo informações da polícia, Maria Vilma estava revoltada com a presença dos homens da Força Nacional para fazer a sua remoção e resolveu atear fogo em seu corpo, mas foi contida e, logo em seguida, levada para a base da Polícia Federal, em São João do Caru. Ela será ainda hoje ouvida pelo delegado federal e transferida para a sede da PF, na capital, onde tomarão as devidas providências.
A medida que os ocupantes deixam o território, os imóveis e toda a infraestrutura como estradas, luz, água e dentre outras instalações que propiciem condições de moradia estão sendo destruídos pelos tratores.

O juiz federal José Carlos Madeira concedeu o prazo de 40 dias para os ocupantes deixarem as terras de forma voluntária. Foram um total de 427 famílias notificadas e, de acordo com o Incra-MA, apenas 224 tiveram o cadastro homologado para obter novas áreas de assentamento, localizadas nas cidades de Parnarama e Coroatá.

Ainda ontem, o superintendente do Incra-Ma, José Inácio Rodrigues, esteve participando de uma reunião no povoado Vitória da Conquista, em Zé Doca, onde explicou aos ocupantes das terras indígenas a política de assentamento. Como não deixou de frisar que os representantes do Incra, Iterma e do programa do Governo Federal “ Terra Legal” estão fazendo levantamento de novas localidades para assentar essas famílias. Apenas, na cidade de Zé Doca são cinco áreas previstas como Nova Conquista, Ebenezé, Quinto Braço, Santa Lúcia e Igarapé Grande, ou seja, uma área de 30 mil hectares. Também há mais hectares previstos, localizados nos municípios de Bom Jardim, Bom Jesus das Selvas, Igarapé Grande, Alto do Gurupi e Buriticupu.

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