sábado, 15 de novembro de 2014
PF diz que prendeu 18 pessoas em nova etapa da Operação Lava Jato
Do G1
A Polícia Federal informou que até as 18h20 desta sexta-feira (14) 18
pessoas tinham sido presas na nova etapa da Operação Lava Jato, que
envolve a Petrobras e investiga um esquema de lavagem de dinheiro que
teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Segundo comunicado da PF, das
18 prisões, 14 são temporárias (cinco dias, prorrogáveis por mais cinco)
e outras quatro, preventivas (sem prazo determinado).
Na manhã desta sexta, a Polícia Federal deflagrou a sétima fase da
operação e cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão no Paraná,
em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em Pernambuco e no
Distrito Federal.
Conforme balanço divulgado pela PF, além das 18 prisões, foram
cumpridos 49 mandados de busca e apreensão. Além disso, foram expedidos
nove mandados de condução coercitiva e cumpridos, seis.
A Petrobras está no centro das investigações da Lava Jato, desencadeada em março para desmontar um suposto esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões, segundo a Polícia Federal.
A Petrobras está no centro das investigações da Lava Jato, desencadeada em março para desmontar um suposto esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões, segundo a Polícia Federal.
Entre os presos pela PF, está o ex-diretor de Serviços da Petrobras
Renato Duque e três presidentes de empreiteiras – José Aldemário
Pinheiro Filho (OAS); Ildefonso Collares Filho (Queiroz Galvão); Ricardo
Ribeiro Pessoa (UTC); .
Indicado para o cargo pelo PT, Duque foi preso em casa, na Barra da
Tijuca, no Rio de Janeiro, e conduzido para a superintendência local da
Polícia Federal. Em depoimento à PF e ao Ministério Público no mês
passado, o ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo
Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e atualmente cumpre
prisão domiciliar, disse ter conhecimento de irregularidades praticadas
na Diretoria de Serviços, na época em que foi comandada por Duque.
Nota divulgada pela assessoria de Renato Duque informou que o
ex-diretor foi preso temporariamente e, segundo o texto, não há “notícia
de uma ação penal ajuizada contra ele”. “Os advogados desconhecem
qualquer acusação. [...] A partir do momento em que tomarem ciência do
motivo da prisão temporária, realizada para investigações, os advogados
adotarão as medidas cabíveis para restabelecer a legalidade”, diz a
nota.
Um dos mandados de prisão temporária expedidos e ainda não cumpridos é
o do lobista Fernando Soares, conhecido como “Fernando Baiano”, que é
considerado foragido e passou a ser procurado também pela Interpol. Em
depoimento em outubro, o doleiro Alberto Youssef disse à Justiça Federal
do Paraná que Fernando Baiano operava a cota do PMDB no esquema. A
assessoria de Michel Temer, presidente nacional do partido e
vice-presidente da República, informou nesta sexta que o lobista “nunca
teve contato institucional com o partido”.
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