sábado, 15 de novembro de 2014
Agora lascou: fraude pode anular provas do Enem
A Polícia Federal
começou desde ontem a investigar denúncias de fraude nas provas do Enem,
realizadas sábado e domingo, em todo o Brasil. As primeiras informações
sobre vazamento foram confirmadas como falsas, mas as segundas caminham
para a anulação das provas.
A denúncia sobre a prova
de domingo partiu do estudante Josimásio Barros Filho, da cidade do
Piauí, que recebeu pela celular a prova de portugues com a redação
sobre Publicidade Infantil. A prova chegou ao seu celular por volta das
10h50, portanto bem antes do início às 13h pelo horário de Brasília.
Ele fez a prova de
domingo e só ontem se encaminhou para a sede da Polícia Federal e
mostrou seu aparelho celular com o horário do recebimento das cópías. Os
policiais ficaram estarecidos,
No dia seguinte foi a
vez da estudante Larissa Almeida, de Campo Grande, levar para a Polícia
Federal o seu celular e lá estava enviadoa a prova por volta das 10h54
de domingo, dia nove deste mês. O material é idêntico ao recebido por
Josimásio Barros e com todo os quesitos que caíram na prova.
Outro estudante, Carlos
Eduardo Oliveira também recebeu o mesmo material, que comprova o
vazamento. O ministro da Educação, Henrique Paim, disse estar seguro. A
PF recebeu todo o material dos aparelhos dos estudante e ontem mesmo
iniciou a perícia.
A principio o que os
policiais coletaram mostram o tema da redação que foi aplicado no
domingo. Mais o que despertou a atenção foi o fato de nos celulares
constarem os horários antes da relização da prova do Enem.
No Piauí surgiram mais
dois outros estudantes que receberam as provas e todas pelo aplicativo
Whatsapp. “Resolvi procurar a Polícia porque as pessoas tem me xingado
bastente depois que eu fiz o vídeo denunciando o vazamento. Para mim, o
Enem perdeu a credibilidade”, disse ao G1 Josimásio Barros.
Ele informou ao G1 que
não deu importãncia quando recebeu o zap porque dias antes vazaram
informações falsas e que só ontem decidiu procurar a Polícia Federal,
onde já foi ouvido por mais de 1h.
“Quando recebi o caderno
de questões e vi que era o mesmo tema mostrado na imagem, fiquei com
ódio. Tanto que mal fiz a prova, esperei o tempo mínimo e fui para
casa”, contou ao G1.
Até que a Polícia Federal não dê o seu parecer conclusivo sobre o episódio, a fraude aconteceu e as provas devem ser anuladas.
Blog Luis Cardoso
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