terça-feira, 29 de julho de 2014

Pará -Verão em Mosqueiro tem saldo negativo,37 crianças desaparecidas

Um total de 37 desaparecimentos de crianças, 16 afogamentos e uma morte. Este é o balanço da Operação Férias Escolares realizada em Mosqueiro, com a chegada do último fim de semana de julho.
Ainda assim, muita gente aproveitou as altas temperaturas e a intensa movimentação da praia do Farol para ir já se despedindo do mês das férias na ilha. E a cena mais vista foi esta: pais e filhos se divertindo em inúmeras ocasiões. No solo, com as construções em areia; e na água, com o auxílio de boias. E ainda teve gente que apenas ficou em rodas de amigos e familiares.

Enquanto as duas filhas adolescentes se divertiam mergulhando, a dona de casa Cleide Coimbra, 32, acompanhava de longe. “Já estou com saudades das férias. Sou eu a responsável pelo trajeto delas de ida e volta para a escola”, sorria.

Os fins de semana de julho deram bastante trabalho aos guarda-vidas em Mosqueiro. Um efetivo de 77 homens foi deslocado para atuar nas 15 praias da ilha.

“Desde o início da Operação Férias Escolares, ocorreram 16 afogamentos, sendo apenas um grave, cuja vítima precisou ser reanimada. Fazemos o atendimento de primeiros socorros. Os casos mais graves são encaminhados para o hospital mais próximo, o de Mosqueiro”, relatou o tenente Marco Scienza. Além dos desaparecimentos de crianças e afogamentos, houve uma morte causada por um AVC (Acidente Vascular Cerebral) na sexta-feira.

Para o tenente Scienza, houve uma redução no número de crianças perdidas em relação ao ano passado. “No meio de julho do ano passado, o número de desaparecidos já ultrapassava os 50”, lembrou.

Uma criança perdida foi levada ontem até uma das bases dos bombeiros. Sem nenhuma identificação, a menina de cinco anos não sabia informar onde estavam os pais nem os números de telefone deles. Cerca de 40 minutos depois, os pais foram localizados e receberam orientações.

Mãe de três filhas, a mulher que perdeu de vista a menina não quis se identificar e disse que ela estava na companhia das irmãs de dez anos. “É a primeira vez que eu saio com elas para a praia.”
O sargento bombeiro José explicou a dificuldade de controlar o desaparecimento de crianças, se comparado a Salinas. “Lá há apenas um acesso para a entrada e saída de banhistas. Em Mosqueiro, são vários e o número de praias também é maior”, avaliou.
(Diário do Pará)

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