quinta-feira, 24 de julho de 2014
Flávio Dino é tachado de ‘incoerente e oportunista” pelo PT e terá que desmontar comitê clandestino
O presidente da Executiva Estadual do Partido dos Trabalhadores (PT),
Raimundo Monteiro, classificou o candidato da coligação “Todos pelo
Maranhão”, Flávio Dino (PCdoB), de incoerente e oportunista na disputa
eleitoral.
Ele analisou o fato de Dino ter admitido – somente agora – que não
irá pedir votos para Dilma Rousseff (PT) e mesmo assim, tentar passar a
impressão para o eleitor de que a presidente da República estará em seu
palanque político. Monteiro assegurou que o PT desautorizou Flávio de
usar o nome da sigla e imagens da Dilma em um de seus comitês de
campanha, situado na Beira-Mar, e repudiou a tática do comunista, que,
segundo ele, tem o objetivo apenas de confundir o eleitorado maranhense.
Flávio Dino tem aliança com o senador Aécio Neves (PSDB) e com
Eduardo Campos (PSB), os dois principais e mais agressivos adversários
da presidente Dilma na eleição 2014. Mesmo assim, o comunista “divulga”
no interior do estado que tem o apoio do PT – oficialmente coligado ao
candidato Lobão Filho (PMDB) – e de Dilma Rousseff. A postura de Flávio
foi duramente criticada pelo presidente do PT no Maranhão.
Monteiro afirmou que, além de incoerente, Dino é oportunista e trilha
um caminho equivocado na política. Levou em consideração,
principalmente, o fato de o adversário de seu grupo ter afirmado em
entrevista ao blog do Noblat que não pedirá votos para a candidata
petista. Lembrou que além de tentar se aproveitar indevidamente da
imagem de Dilma, Flávio fez parte de sua equipe de governo, mas depois
aderiu à campanha de Aécio Neves.
“Nós, que fazemos o PT no Maranhão, achamos uma postura no mínimo
incoerente do Flávio Dino. Ele foi membro do governo [na condição de
presidente da Embratur], usufruiu do PT, mas fechou aliança com o PSDB,
admite que não fará campanha para Dilma e ainda tenta utilizar a imagem
do PT em seu palanque”, afirmou.
Monteiro repudiou a postura do comunista e disse lamentar que o
candidato que defende a bandeira do “novo e da mudança”, tenha escolhido
adotar as práticas da velha política, as quais ele tanto condenou, para
tentar se eleger governador do Maranhão.
“Ele se diz o candidato mais avançado no Maranhão. No entanto, se
liga justamente ao grupo mais atrasado do Brasil, hoje comandado pelo
PSDB. Ele, por exemplo, considera o grupo Sarney um atraso, mas sabe que
é o que está com a presidente Dilma, por meio do qual ocorre,
inegavelmente o maior desenvolvimento do Brasil. Ou seja, Flávio Dino
não consegue sustentar o seu discurso e apenas se contradiz a cada
momento. É difícil entende-lo”, ponderou.
Para Monteiro, o fato de Flávio Dino ter admitido não votar em Dilma é
mais uma prova de que o PT não reconhece a sua candidatura. “O PT tem
uma aliança nacional com o PMDB e está coligado com Lobão Filho. Flávio
Dino sabe disso e mesmo assim tenta utilizar o nome do PT. Essa é mais
uma atitude incoerente dele”, completou.
Comitê pró-Dino é clandestinoO comitê inaugurado pelo comunista é clandestino |
O presidente do Partido dos Trabalhadores no Maranhão, Raimundo
Monteiro, desautorizou Flávio Dino a utilizar o nome da sigla e as
imagens da candidata do partido, presidente Dilma Rousseff (PT) em seu
comitê de campanha. Para ele, o comitê inaugurado pelo comunista é
clandestino.
Flávio Dino inaugurou ontem comitê na Avenida Beira-Mar que leva a
imagem e o nome da presidente da República. O PT está oficialmente
coligado com o PMDB do senador Lobão Filho, candidato a governador da
coligação “Pra Frente, Maranhão”, que reúne 18 partidos políticos.
“O PT não reconhece aquele comitê de campanha e não autorizou Flávio
Dino a se utilizar do nome do partido ou da imagem de nossa candidata.
Aquele comitê não é do PT, não faz parte de nossa campanha e não tem a
nossa identidade”, afirmou.
Ele explicou que a coligação “Pra Frente Maranhão” já ingressou com
ação na Justiça Eleitoral para pleitear o desmonte do comitê de Dino que
leva o nome do PT e de Dilma e afirmou que aguardará a decisão.
“Estamos acompanhando esse processo e esperamos que o quanto antes seja resolvido”, disse.
Mais
Para justificar o fato de não pedir voto para Dilma Rousseff, Flávio
Dino citou um “acordo” que possibilitaria a sua neutralidade na disputa
nacional. Ele não explicou, no entanto, as partes que viabilizaram esse
acordo.
Desta forma, ele pretende ceder palanque para Aécio Neves e Eduardo
Campos e utilizar a imagem de Dilma em seu material de campanha sem se
comprometer com nenhum dos presidenciáveis.
O Estado
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