quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

AGIOTAGEM NA CÂMARA! “Vamos até o fim”, diz vereador sobre quebra de contrato com o Bradesco

marquinhos
O vereador Marquinhos Silva (PRB), autor de um requerimento pedindo a quebra de contrato entre a Câmara Municipal de São Luís e o Bradesco – atual detentor da conta do legislativo -, disse ontem (3), em entrevista ao titular do blog, que vai “até o fim” pela rescisão contratual. A proposta do parlamentar foi feita após a revelação de suspeitas de envolvimento de membros da Casa e funcionários da instituição financeira em um esquema de agiotagem.
“Nós vamos até o fim. Meu requerimento vai para a pauta na segunda-feira. Não existe recuo, não. Da minha parte, não. A gente vai defender a quebra do contrato com o Bradesco”, afirmou.
O requerimento foi apresentado há duas semanas, mas saiu de pauta por conta de um pedido de vistas do vereador Alencar Gomes (PDT), que não foi localizado para comentar o assunto. No documento encaminhado à Mesa Diretora, Marquinhos relata que “descobertas recentes de transações suspeitas da instituição financeira banco Bradesco S/A e servidores da CMSL [...] podem macular a idoneidade deste Poder Legislativo constituído pelo povo”.
“É uma confusão grande, com esse negócio de banco, uma situação bem complicada. Mas já existe uma investigação tramitando e vamos ver no que vai dar. Há suspeita sim de algumas irregularidades, alguns empréstimos que foram feitos. Alguns funcionários da Casa fizeram alguns empréstimos lá e esse empréstimo está sendo descontado do recurso da Câmara direto”, declarou.
Apesar de citar apenas servidores, o vereador não descarta a possibilidade de haver colegas de parlamento envolvidos. “É misturado [servidores e vereadores], né?”, disse. Fontes do blog são categóricas ao afirmar que são 14 os parlamentares envolvidos.
Já está em curso uma investigação sobre as suspeitas de prática de agiotagem com recursos do Poder Legislativo da capital. O caso corre sob sigilo, mas um inquérito aberto pela Polícia Civil já foi encaminhado ao Ministério Público, que segue apurando as suspeitas.
A ex-gerente do Bradesco Raimunda Célia Abreu, apontada como a mentora do esquema, está indiciada por estelionato e apropriação indébita. Ela não foi encontrada para comentar o assunto e seu advogado não atendeu as ligações telefônicas do titular do blog. O Bradesco também já foi procurado para se posicionar sobre o caso, e ainda não encaminhou resposta às solicitações de informações, apesar de já haver mantido contato.
Foragida?
Raimunda Célia não está mais em São Luís. Ela chegou a se internar voluntariamente em uma clínica psiquiátrica depois de descoberta a trama. Mas viajou a São Paulo – onde mora um filho – e, aparentemente, deixou o país depois disso.
No total, estima-se que foram desviados pelo menos R$ 26 milhões das contas do Legislativo Municipal.  O dinheiro era desviado por meio de empréstimos consignados. A Câmara Municipal autorizava créditos milionários em nome de vários funcionários da Casa de uma vez só, mas não descontava deles nos contra-cheques.
O apurado era emprestado a terceiros, mediante o pagamento de juros de até 7%. Com o que era arrecadado, pagavam-se as parcelas dos empréstimos e o lucro era dividido entre os participantes da jogada.
Há, ainda, suspeitas de que Raimunda Célia dava cheques da Câmara – ela teria talões do Poder Legislativo assinados e em branco – como garantia em empréstimos tomados de agiotas. Ela operava, ainda de acordo com o que apuram a polícia e o MP, esquemas com clientes privados do banco.
Demissão
Uma segunda gerente do Bradesco, Maria Edilene Albuquerque, também já foi demitida por suspeita de participação no esquema. Em São Luís ela trabalhou na agência da Rua da Paz, mas atualmente estava em Imperatriz.
Ainda não há confirmação de indiciamento desta segunda agente do Bradesco. 
Blog Gilberto Léda

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