quarta-feira, 30 de julho de 2014
Fraude em vestibular de Medicina é constatada no Maranhão pela PF
A Superintendência Regional do Maranhão da Polícia Federal confirmou
nessa terça-feira (29) a existência de fraude em processos seletivos -
aplicados entre os anos de 2010 e 2014 - de instituições de ensino
superior do Estado que ofertam vagas nos cursos de Medicina. Segundo a
PF, um dos autores da ilegalidade já foi identificado .
Com base nas investigações, além dos golpistas, a PF já identificou
também as pessoas que compravam vagas de Medicina nas instituições de
ensino e confirmou que era cobrado até R$ 100 mil por candidato. Ainda
segundo a polícia, pela participação no golpe, cada beneficiado deverá
responder por formação de quadrilha e falsidade ideológica.
A PF no Maranhão apura ainda novas informações sobre o caso em parceria
com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do
Ministério Público Estadual do Estado do Piauí. Segundo as investigações
policiais, na primeira etapa da fraude um golpista - de posse de
documentos falsos - se passava pelo candidato que pretendia comprar a
vaga. Uma segunda pessoa, também contratada para participar da fraude e
com alto nível de conhecimento, se submetia à prova no lugar do
candidato verdadeiro.
Ainda segundo a PF, na etapa seguinte do golpe os fraudadores faziam
uso de pontos de voz instalados nas carteiras das salas onde eram
aplicadas as provas para que o suposto candidato recebesse as respostas
do gabarito.
Em janeiro de 2013, a PF revelou a existência de fraude semelhante no
acesso de interessados em cursos de Medicina de universidades situadas
em seis estados do país, incluindo o Maranhão. Por meio de
interceptações telefônicas com registros de conversas de novembro de
2011, um aluno, que estava na ocasião se submetendo ao processo seletivo
para uma vaga no curso de Medicina em uma universidade do Maranhão, foi
flagrado recebendo - por meio de ponto eletrônico - o gabarito oficial
da prova. À época, o Ministério da Educação (MEC) informou que as
pessoas apontadas como responsáveis ou envolvidas no crime seriam
punidas com a cassação do diploma, caso tivessem concluído o curso.
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