terça-feira, 20 de setembro de 2016
Bancários mantém greve, acusam banqueiros e prejudicam clientes…
Foto Reprodução |
A greve iniciada no último dia 6 pelos bancários do Maranhão segue por tempo indeterminado. A categoria acusa banqueiros e Governo Federal de não apresentarem uma proposta digna para por fim ao movimento paredista. Ao todo, já são mais de 13 mil agências fechadas em todo o país o que prejudica e muito a vida de milhares clientes.
Aqui no Maranhão, mais bancários cruzaram os braços por conta de uma proposta de 7% de reajuste – índice abaixo da inflação – mais abono de R$ 3,3 mil, valor enganoso de acordo com a categoria, que é pago uma só vez, sem incidir nas férias, 13º salário, férias, vales e previdência dos trabalhadores.
Nesta terça-feira (20), 15º dia da greve nacional, os bancários paralisaram as atividades do Bradesco da Rua Grande, no Centro de São Luís. Nas regionais, a adesão também é massiva, como em Bacabal, Balsas, Caxias, Chapadinha, Codó, Imperatriz, Pedreiras, Presidente Dutra, Pinheiro, Santa Inês e São João dos Patos.
Em atos públicos realizados por todo o Estado, os bancários voltaram a cobrar a retomada das negociações e uma proposta justa, que atenda aos anseios da categoria e encerre a greve.
No interior, uma das principais reivindicações é a segurança. Em 2016, já foram registrados 50 ataques a banco no Maranhão, número que preocupa não só os bancários, mas toda a população.
Além de segurança, a categoria reivindica reajuste salarial de 28,33%, índice condizente com o lucro de R$ 29,7 bilhões obtido pelos bancos somente no primeiro semestre de 2016. Os bancários cobram, também, a redução da taxa de juros, que no cheque especial chega a 318,4% ao ano e no cartão de crédito, a 470,7% anuais.
A categoria luta, ainda, por contratações e pelo fim das demissões imotivadas, uma vez que somente neste ano, as instituições financeiras já cortaram mais de 8 mil postos de trabalho no país.
Mesmo diante desses números, banqueiros seguem irredutíveis, sem agendar nova negociação. De outro lado, os bancários resistem e fortalecem ainda mais a greve.
Minard
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