quarta-feira, 27 de abril de 2016

AGU pede que votação do impeachment na Câmara seja anulada

Pedido assinado por José Eduardo Cardozo lsita pelo menos quatro ilegalidades na sessão

Câmara optou pela admissibilidade do impeachment por 367 votos contra 137Marcelo Camargo/Agência Brasil

Câmara optou pela admissibilidade do impeachment por 367 votos contra 137Marcelo Camargo/Agência Brasil
A AGU (Advocacia-Geral da União) protocolou nesta segunda-feira (26), na Câmara dos Deputados, pedido de anulação da sessão do último dia 17 de abril em que a Casa aprovou, por 367 votos a 137, a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Assinado pelo advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, o pedido elenca pelo menos quatro ilegalidades na sessão.

A primeira ilegalidade apontada pela AGU é na orientação de votos feita pelos líderes partidários durante a sessão. Para o órgão, a orientação viola a independência das bancadas.

A Advocacia-Geral também diz ser irregular o que chama de "incongruência" nas motivações dos votos alegadas pelos deputados, consideradas alheias aos motivos do pedido de impedimento.


A AGU elenca ainda como ilegalidade a manifestação do relator do processo de impeachment na Comissão Especial da Câmara, Jovair Arantes (PTB-GO), no dia da votação no plenário. Segundo o órgão o ato não estava previsto no rito estabelecido pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A quarta irregularidade apontada foi a não abertura de espaço à defesa de Dilma após a fala do relator.


No pedido, a AGU também pede que a Câmara aprove e promulgue resolução que materialize a decisão do plenário da Casa de autorizar a instauração do processo de impeachment. Solicita que o Senado remeta ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), todos os autos e anexos da representação. Até o momento, Cunha não fez nenhum despacho à decisão, segundo a Secretaria Geral da Mesa.

A Mesa Diretora da Câmara argumenta que não há possibilidade de recurso contra a decisão soberana do plenário da Casa. De acordo com o setor, não há "previsão" regimental para esse tipo de questionamento por parte da defesa de Dilma. Mesmo assim, o setor jurídico da Casa deve preparar resposta à AGU, rebatendo ponto a ponto das ilegalidades alegadas pela Advocacia-Geral da União.

Via R7

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