terça-feira, 28 de abril de 2015

Indonésia executa brasileiro Rodrigo Gularte por tráfico de drogas

A Indonésia confirmou na tarde desta terça-feira, 28, que o brasileiro Rodrigo Gularte foi executado por um pelotão de fuzilamento no complexo de prisões de Nusakambangan, em Cilacap, a 400 quilômetros da capital Jacarta. A informação foi confirmada pelo jornal local Jakarta Post. Além de Gularte, outros sete presos condenados por tráfico foram executados nesta terça.

Familiares se despediram dos nove condenados à morte na Indonésia

Rodrigo Gularte foi preso em 2004 ao tentar entrar na Indonésia com seis quilos de cocaína escondidos em prancha de surfe. Um ano depois, ele foi condenado à morte. Na prisão, ele desenvolveu problemas mentais. O brasileiro foi diagnosticado com esquizofrenia paranoide e, apesar dos inúmeros pedidos de autoridades brasileiras e da família de Gularte para interná-lo em um hospital psiquiátrico, o governo da Indonésia rejeitou os pedidos.

Perfil publicado em ÉPOCA em fevereiro conta um pouco sobre a vida de Rodrigo Gularte.

Surfista, ele tinha o sonho de morar em Bali, na Indonésia, ilha conhecida pelas grandes ondas e praias exóticas. Ele saiu do Paraná, sua terra natal, com a promessa de ganhar quase US$ 500 mil para entrar com seis quilos de cocaína no arquipélago. A aventura terminou no aeroporto de Jacarta, quando o equipamento de raio X detectou a droga.

Gularte se torna o segundo brasileiro a ser executado em pena de morte na Indonésia. No dia 17 de janeiro, o carioca Marco Archer enfrentou o pelotão de fuzilamento, também condendo por tráfico de drogas. Nesta terça, outros sete presos foram executados: um indonésio, dois australianos e quatro nigerianos.
Segundo relato do diplomata Leonardo Carvalho Monteiro, que o visitou na prisão no último sábado, Gularte reagiu com "delírio" à informação de que seria executado. Ele também rejeitou os três últimos pedidos a que teria direito antes de morrer.
Mas pediu para ser enterrado em Curitiba, sua cidade natal.
Depois de sua condenação há 11 anos, Gularte chegou a tentar suicídio na prisão. De acordo com sua prima  Angelita Muxfeldt, sua situação médica piorou há três anos, e em 2014 uma equipe médica contratada pela família do paranaense o diagnosticou com esquizofrenia paranoide, sofrendo delírios e alucinações.
Ele foi avaliado novamente em março, mas o resultado do exame nunca foi divulgado pelas autoridades da Indonésia. A falta de informações gerou protestos da família e do governo brasileiro.
Em nota no último domingo, o Itamaraty classificou de "inaceitável" a execução de Gularte, dizendo que o governo da Indonésia se recusou a reconhecer a doença mental do brasileiro e fugiu "ao mais elementar bom senso e a normas básicas de proteção dos direitos humanos". Além disso, fez um novo apelo para que a execução fosse adiada.
O governo brasileiro já havia protestado após a morte de Marco Archer, em janeiro, convocando de volta seu embaixador no país, Paulo Alberto da Silveira Soares.
Um mês depois, o então novo embaixador indonésio, Toto Riyanto, teve recusada sua carta credencial por Dilma Rousseff e deixou o Brasil, ampliando o atrito diplomático entre os países. (Com BBC Brasil,  "Folha de S.Paulo" e agências internacionais).

0 comentários:

Postar um comentário

Busque aqui

Curta a Página do Blog do Neto Weba

CUIDE DO SEU SORRISO

CUIDE DO SEU SORRISO

INTERNET EM ALTA VELOCIDADE

INTERNET EM ALTA VELOCIDADE