segunda-feira, 27 de outubro de 2014
para advogada de porta de cadeia paulistana, o Nordeste é culpado pela derrota de Aécio Neves
Vergonhosa. Foi assim que a advogada Gisela Novaes do Canto, de 44 anos, reagiu ao saber da reeleição de Dilma Rousseff(PT)
enquanto acompanhava a apuração das urnas no diretório estadual do PSDB
em Indianopolis, bairro da zona sul da capital paulista, neste domingo
(26).
Gisela não descarta ter havido fraude na eleição. Para a advogada, o
Norte e o Nordeste do Brasil optaram pela permanência de Dilma no poder
por causa de programas sociais como o Bolsa Família.
"É uma vergonha. Eles [PT] tomaram conta do Brasil porque ajudam as
pessoas que não querem trabalhar com uma mesada. Enquanto os nordestinos
ficam deitados em uma rede esperando o Bolsa Família, o Sul trabalha
para sustentar o País. É um absurdo", afirmou.
Enquanto falava com o iG,
um amigo de Gisela a puxou pela mão pedindo para que ela se acalmasse e
tomasse cuidado com as palavras. Mesmo assim, visivelmente irritada, a
advogada disparou contra o Norte. Para ela, a região optou pela decisão
mais cômoda para o Brasil.
"Ela [Dilma] fez parte do primeiro partido comunista do País. Dilma ,
para mim, nunca foi uma revolucionária. Ela era terrorista", definiu
Gisela.
"Não tenho vergonha da minha terra. Mas lamento por eles [nordestinos]",
disse. "Por dinheiro de pinga o Collor [Fernando Collor de Melo] sofreu
impeachment", sugeriu.
Alternância de poder
Menos irritada do que a advogada , mas com os olhos inchados e
lacrimejando, a empresária Delviene Gurgel, de 44 anos, explicou que o
ar cabisbaixo não era resquício apenas da derrota de Aécio Neves (PSDB)
nas urnas: era resultado de uma caminhada de vários meses com o objetivo
de ver "alternância de poder no País".
"Deixei minha família, meus filhos de lado para ir às ruas. Vesti a camisa do partido e hoje estou derrotada", avaliou.
Baiana de Salvador, a nordestina explica que lamenta a decisão de seus
conterrâneos que, segundo ela, se deixaram convencer por programas
sociais em vez de analisar o futuro do Brasil.
Da esquerda para a direita: Fernanda de Castro, Delviene S.S. Gurgel e Milene Íris Borges EstanislauAdicionar legenda |
Militante do PSDB pela primeira vez, a produtora de eventos Fernanda de
Castro, de 35 anos, definiu as eleições como uma onda de extremos.
"Fui ao céu quando o Aecio foi para o segundo turno e agora estou em
cacos. Tenho um filho para sustentar e não sei o que será do futuro dele
com essa visão do povo brasileiro", disse ela
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