quarta-feira, 29 de outubro de 2014
Crise no pré-governo de Flávio Dino
As
twittadas do governador eleito do Maranhão, Flávio Dino, não estão em
nada agradando aos internautas das cúpulas dos partidos que formaram
aliança para ganhar a eleição. Com exceção de Neto Evangelista (PSDB)
para a secretaria de Desenvolvimento Social, todas as outras indicações
estão sendo da cota pessoal ou de pessoas filiadas ao partido, PCdoB.
O
governador já indicou o da Articulação Política, Marcio Jerry, Chefia
de Gabinete, Lene Rodrigues, Segurança Pública, Jefferson Portela,
Cerimonial, Telma Moura, Infraestrutura, Cleyton Noleto, todos do PCdoB.
Além
destes, Eduardo Lago para a Emap, Rodrigo Lago para a Transparência e
Procuradoria Geral do Estado, Eduardo Maia. Estes últimos da cota
pessoal de Flávio Dino. No caso de Neto Evangelista, foi a maneira que
encontrou para agradar o prefeito de Timon, Luciano Leitoa, pois o seu
primo Rafael Leitoa vai assumir no lugar de Evangelista na Assembleia
Legislativa.
A banda do PT que apoiou Flávio Dino ficou
inconformada com a indicação de Neto Evangelista, pelo fato do deputado
pertencer ao PSDB de Aécio Neves.
“Como vamos dar ao PSDB do
Maranhão uma secretaria que vai comandar um dos maiores volumes de
recursos ao longo desses quatro anos de governo? Só para recordar a
partir de janeiro a pasta vai ter mais de R$ 2 bilhões oriundos do
empréstimo junto ao BNDS. Ou seja, é o dinheiro federal sendo comandado
no Maranhão pelos tucanos”, reagiu hoje pela manhã um petista bastante
próximo do futuro governador.
Os outros partidos que formam a
aliança como o PSB do deputado eleito Zé Reinaldo Tavares, SDD de
Simplício Araújo, o PP de Waldir Maranhão, estão inquietos pelo fato de
que ninguém dos seus quadros foi contemplado até agora, ou pelo menos,
sondados.
A pasta da Educação vem sendo pleiteada pelo PDT mas,
tem sido de martelo e foice no escuro a disputa ferrenha com o
SIMPROESSEMA. O sindicato dos professores exige para ele a SEDUC. Boa
parte da categoria é formada por comunistas.
As primeiras crises,
por enquanto, estão nos bastidores, mas pode ser que alcance proporções
capazes de fazer estourar a panela de pressão do futuro governo.
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