Cárceres foi o autor do gol rubro-negro. (Divulgação)
Cárceres foi o autor do gol rubro-negro. (Divulgação)
 


A noite de estreia do Flamengo na Copa Bridgestone Libertadores teve um protagonista: o goleiro Felipe. Com uma série de defesas sensacionais, o arqueiro rubro-negro pegou pênalti e contou com a sorte, em algumas bolas na trave. No placar, 2 a 1 a favor do León, em um jogo com altos e baixos da equipe rubro-negra, que mostrou garra e aplicação com um jogador a menos durante praticamente toda a partida. A vitória não veio, mas uma coisa foi certa: nesta quarta-feira (12), o gramado mexicano do Nou Camp foi palco de um jogo disputado e emocionante até os últimos minutos.
Nos primeiros segundos de jogo, a torcida flamenguista levou um susto, com a bola raspando na cabeça do centroavante mexicano Britos, mas, logo depois, Hernane respondeu: aos cinco minutos, após cruzamento de Everton, o Brocador cabeceou bonito e a bola beijou o travessão. Aos 10, Amaral dividiu com o meia Montes e não tirou a perna a tempo de evitar o cartão vermelho. Mesmo com um homem a menos, o Rubro-Negro se aplicou na marcação e o León diminuiu o ritmo. O jogo ficou truncado e concentrado no meio de campo, com o Fla se portando muito bem com a desvantagem numérica. Aos 27, Felipe realizou excelente defesa em chute forte de longa distância, mas, um minuto depois, não chegou na bola em pênalti cobrado por Boselli, que deixou o placar em 1 a 0 para os mexicanos. Aos 37, o Rubro-Negro teve uma grande chance para deixar tudo igual. Após cobrança de falta de Elano, Samir, na área, desviou para fora, levando perigo ao goleiro William. E foi na bola parada a redenção do Flamengo; Elano cobrou falta na medida para Cáceres, que não perdoou e empatou o jogo, para aliviar a torcida rubro-negra. O Flamengo já não parecia mais ter um a menos. Aos 47, quase saiu o gol da virada, de lateral para lateral; André Santos bateu cruzado e a bola por pouco não alcançou Léo Moura. Essa foi a última jogada do primeiro tempo, em que o Fla superou as adversidades e acabou superior ao León.
“Pela vontade, pelo que demonstrou o time, pela garra, conseguimos chegar ao empate. Temos que manter a equipe bem posicionada, pois se encaixarmos o contra-ataque, ganhamos o jogo”, disse Elano, otimista com o momento do time na partida, na saída para o vestiário.
Logo aos três minutos, Felipe mostrou que voltou ligado para o campo e fez mais uma defesa sensacional em chute forte de Loboa. Novamente, aos 12, o arqueiro mostrou reflexo na cabeçada de Britos. Era uma noite inspirada do goleiro do Flamengo: em mais um pênalti marcado para o León, novamente cobrado por Boselli, que tentou a cavadinha, Felipe fez a defesa. Só dava Flamengo, que acertou a bola na trave mais uma vez, em cobrança de falta de Elano. Mas, o futebol nem sempre segue a lógica. Aos 22, Arizala desviou de pé direito na área e balançou a rede para o León. Aos 24, Cáceres tentou o cruzamento para Paulinho, mas o goleiro mexicano foi mais rápido e impediu o empate rubro-negro. O Fla ainda pressionou por mais duas vezes pela lateral direita, com Léo Moura, em chute de longa distância, e com Muralha, mas a bola cismava em não entrar. No finalzinho, o León passou a chegar com perigo, com direito à mais uma defesa espetacular de Felipe e bola na trave.
“Sabemos que é muito difícil, Libertadores é isso. Pressão, bola alçada o tempo todo. Realmente sofremos bastante, fizemos o possível, mas não foi suficiente”, lamentou André Santos