sexta-feira, 10 de maio de 2013

Deputados querem esconder verdade sobre agiotagem no Maranhão



A Assembleia Legislativa do Maranhão se prepara para jogar debaixo do tapete os requerimentos do deputado Raimundo Cutrim (PSD), no qual solicita às secretarias de Fazenda e Segurança cópias de notas fiscais emitidas por empresas ligadas ao agiota Gláucio Alencar e outros mafiosos que atuam no ramo sagrando prefeituras no interior do Estado.
A matéria seria deliberada na sessão da última quarta-feira (8), mas devido a uma intervenção do líder do governo, deputado César Pires (DEM), os requerimentos serão enviados à Comissão de Constituição e Justiça, onde o governo tem a maioria, antes ser levada à votação em plenário.
Para tentar esclarecer como se movimenta a máfia da agiotagem no Maranhão, Raimundo Cutrim pretende que mais dois requerimentos sejam enviados ao Delegado da Receita Federal em São Luís, Antônio Augusto Simas Neto, e ao Procurador Chefe da Procuradoria da República no Maranhão, José Raimundo Leite Filho, com o mesmo teor.
César Pires argumenta que solicitou Nota Técnica sobre o assunto à Assessoria Jurídica da Assembléia e foi alertado que o artigo 198 do Código Tributário Nacional veda o fornecimento das cópias das Notas Fiscais. Diz o artigo: Ele leu o artigo que diz: “Sem prejuízo da legislação, é vedada a divulgação, por parte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razão de ofício sobre situação econômica do sujeito passivo ou de terceiros e sobre a natureza ou estado de seus negócios ou atividades”.
A intervenção do líder governista foi o suficiente para o suplente no exercício do mandato, Carlos Alberto Milhomen (PSD), um sujeito truculento, acostumado fazer da CCJ escudo da imoralidade, requereu ao presidente Arnaldo Melo (PMDB) que os requerimentos sejam encaminhados a esta comissão antes de serem colocados à apreciação do plenário. A Mesa Diretora, de imediato, acatou a solicitação numa clara demonstração de que apurar a verdade dos fatos não interessa a Assembleia.
Diante do que está a vista de todos pergunta-se: o que a população pode esperar de um Poder que se recusa a investigar crimes de agiotagem, que não consegue reunir quatorze assinaturas para instalar uma CPI? Nada, principalmente quando entre seus pares existem pelo menos quatro agiotas e outro tanto respondendo processo na Justiça Federal por assalto a cofre público.

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